(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, se reuniu nesta quinta-feira (16) com parentes das vítimas do naufrágio ocorrido em Cutro, em 26 de fevereiro, "e garantiu que as buscas pelos corpos, incluindo aqueles que podem ter ficado presos no barco, que está encalhado no fundo mar", vão continuar.
Estima-se que entre 30 e 40 pessoas ainda estejam desaparecidos na tragédia na região da Calábria que provocou a morte de 86 migrantes.
Além de Meloni, o encontro, que durou cerca de 1h30, também contou com a presença do vice premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, do subsecretário da Presidência do Conselho, Alfredo Mantovano, os familiares das vítimas e os sobreviventes do naufrágio.
Todos eles agradeceram a premiê italiana pela ajuda por parte do governo e fizeram um apelo "ao seu coração de mãe" para apoiar também as transferências de migrantes da Itália para outros países, segundo fontes executivas.
Meloni, por sua vez, garantiu que as buscas por desaparecidos vão continuar e "assegurou o compromisso diplomático da Itália para dar seguimento aos pedidos de acolhimento e reunificação em outros países europeus, em particular na Alemanha" e por um Afeganistão livre e respeitador dos direitos humanos, especialmente para as mulheres e para ultrapassar as várias crises que atingiram Paquistão, Palestina e Síria.
"A reunião ocorreu em uma atmosfera emocionante e comovida. Familiares e sobreviventes dirigiram-se à premiê Meloni 'apelando ao coração de mãe', que perguntou o quanto eles estavam cientes dos riscos associados às travessias do Mediterrâneo e reafirmou a linha do governo no combate aos traficantes de seres humanos, de forma a evitar outras tragédias como as ocorridas recentemente", diz uma nota do Palazzo Chigi.
Por fim, Meloni agradeceu pela "presença e pela clareza" com que os migrantes expressaram "seus dramas e seus pedidos".
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