O Brasil e a Itália podem desempenhar "um papel importante" na restauração dos direitos humanos, na libertação de presos políticos e no retorno da democracia na Venezuela. A declaração foi dada pelo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, em São Paulo, durante entrevista à CNN Brasil, a qual a ANSA pôde antecipar nesta quarta-feira (9).
Destacando uma convergência entre os dois países em favor de uma solução pacífica e negociada para a crise política em Caracas, Tajani afirmou que "apreciou a posição do Brasil sobre a questão", destacando como - da mesma forma que Brasília - Roma pediu "também no âmbito da presidência do G7" para conhecer os resultados eleitorais do pleito presidenciais de 28 de julho" e "para que sejam examinados por uma comissão independente".
"Se não quiseram mostrar" as atas das urnas "significa que Maduro não ganhou as eleições, mas continua no poder", ressaltou o ministro.
Para ele, não se trata de "direita ou esquerda, se há pessoas presas na rua porque são da oposição e por isso acabam na prisão, isso não é certo, não é democracia".
Segundo Tajani, nas mãos das autoridades de Caracas "há também prisioneiros italianos" cujo destino é desconhecido. Neste contexto, "não podemos deixar de acompanhar com grande preocupação o que está acontecendo na Venezuela, onde há uma grande presença de italianos e de pessoas de origem italiana".
"O país acolhe a terceira maior comunidade italiana do mundo, depois do Brasil e da Argentina", concluiu.
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