A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que a polêmica gerada na cúpula do G7 sobre o aborto, que não foi mencionado na declaração final, é "totalmente artificial".
O comunicado de 36 páginas teve foco nos conflitos na Faixa de Gaza e na Ucrânia, tendo abordado ainda temas como migração e mulheres. No entanto, o documento da reunião evitou o tema do aborto, o que causou muitas críticas aos líderes.
"Geralmente acontece que nos documentos oficiais as coisas adquiridas não são repetidas literalmente. Na declaração de Hiroshima, a referência 'ao aborto' foi clara. Acredito que a polêmica foi construída de forma totalmente artificial e ela existiu em nossas discussões porque sim, não havia razão para discutir", declarou Meloni em uma coletiva de imprensa.
A chefe de governo italiana, de orientação política conservadora, ainda mencionou na conversa com a imprensa local que não houveram retrocessos em questões do direito ao aborto e da comunidade LGBTQIA+ durante a cúpula do G7.
"Nestes dois anos não houveram retrocessos em questões como o direito ao aborto ou os direitos LGBT. A realidade é diferente de uma história que vejo de vários supostos observadores, cujas expectativas foram frustradas", analisou.
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