O partido populista Movimento 5 Estrelas (M5S) apresentou nesta segunda-feira (27) uma moção comprometendo o governo da premiê Giorgia Meloni a reconhecer o Estado da Palestina e a censurar a recente abstenção da Itália na ONU.
O pedido foi protocolado após Noruega, Espanha e Irlanda anunciarem que, a partir desta terça-feira (28), vão reconhecer a Palestina, em uma medida que colocou ainda mais pressão nas relações entre a Europa e Israel.
A moção do M5S compromete o governo não só com o reconhecimento formal do Estado da Palestina, mas também com a tomada de uma posição clara no cenário internacional, censurando a abstenção da Itália na Organização das Nações Unidas, em 10 de maio.
"Meloni não pode mais enterrar a cabeça na areia", disseram fontes do M5S, informando que o grupo pedirá que a moção seja imediatamente agendada na Câmara dos Deputados na conferência dos líderes da casa amanhã.
No último dia 10 de maio, a Itália absteve-se de uma resolução da Assembleia-Geral da ONU que reconhece a Palestina como qualificada para se tornar membro de pleno direito das Nações Unidas.
Além da Itália, outros países se abstiveram, como Albânia, Bulgária, Áustria, Canadá, Croácia, Fiji, Finlândia, Geórgia, Alemanha, Letônia, Lituânia, Ilhas Marshall, Países Baixos, Macedônia do Norte, Moldávia, Paraguai, Romênia, Vanuatu, Malawi, Mônaco, Ucrânia, Reino Unido, Suécia e Suíça.
Apesar da resolução ter sido aprovada, Estados Unidos, Israel, Papua-Nova Guiné, Hungria, Argentina, entre outros, votaram contra.
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