(ANSA) -O segundo dia de julgamento do processo criminal contra Donald Trump, nesta terça-feira (16), em Nova York, foi mais uma vez marcado pela busca de 12 pessoas para formar o júri.
O ex-presidente dos Estados Unidos e pré-candidato do Partido Republicano é acusado de falsificar 34 registros financeiros para encobrir um suposto suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels.
No primeiro dia, na segunda (15), 96 possíveis jurados foram levados ao tribunal, mas metade negou ao ser questionada pelo juiz se poderiam ser imparciais para o julgamento. Outros nove recusaram a tarefa por outros motivos.
Nesta terça, a seleção conseguiu confirmar ao menos os primeiros sete. Além dos 12 titulares, deverão ser escolhidos seis reservas. Se não for possível atingir o número de 18 na primeira leva de 96, mais possíveis jurados irão ao tribunal, de um total de 500.
A dificuldade para a escolha está no fato de que, como definiu o juiz do caso Juan Merchan, a pessoa deve conseguir deixar de lado o viés que tiver sobre Donald Trump. Pessoas que têm opiniões fortes, ou que já foram a comícios pró ou contra o ex-presidente devem ser descartadas. Tanto a acusação quanto a defesa podem pedir o descarte.
Primeiro ex-presidente na história dos EUA a responder a um processo criminal, arriscando quatro anos de prisão no julgamento que ocorre em plena corrida eleitoral, Trump afirma ser inocente.
Ele teria pagado US$ 130 mil a Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, em 2016, através de seu então advogado Michael Cohen, para comprar o silêncio da ex-atriz pornô sobre uma suposta relação sexual.
O objetivo do magnata seria evitar possíveis efeitos negativos na reta final da campanha presidencial daquele ano. Segundo a Procuradoria de Manhattan, Trump teria registrado o reembolso feito a Cohen pelo suposto suborno como "despesa jurídica", o que pode configurar crime.
Uma eventual condenação não impediria a candidatura do ex-mandatário.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA