(ANSA) - Em depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que o ex-presidente determinou a emissão de certificados de vacinação contra a Covid-19 para ele e a filha de 12 anos.
Bolsonaro, Cid e mais 15 pessoas foram indiciadas nesta segunda-feira (18) pela fraude.
O ex-ajudante de ordens é colaborador da Justiça e a delação está sob sigilo, mas trechos foram citados no relatório da Polícia Federal para o indiciamento.
Segundo os trechos, Mauro Cid disse que o ex-presidente deu a ordem para fazer os cartões de vacinação para ele e a filha, e solicitou a inserção de dados no sistema ConecteSUS.
O próprio Bolsonaro afirma não ter tomado o imunizante.
De acordo com a PF, Cid encaminhou o pedido de fraude ao ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros; que repassou os dados ao secretário de Governo de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, João Carlos de Sousa Brecha.
Brecha tinha senhas que possibilitavam a inserção de dados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Após a inserção, o certificado de vacinação pôde ser emitido.
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