(ANSA) - O presidente argentino Javier Milei voltou a falar nesta sexta-feira (16), em tom de denúncia, sobre uma suposta influência do filósofo e político comunista italiano Antonio Gramsci na Argentina, afirmando ser responsável “por uma infiltração do socialismo na cultura” que ele estaria empenhado em desarticular.
Em uma longa reflexão através de sua conta no X (antigo Twitter), Milei disse que "a raiz do problema argentino não é política e/ou econômica, é moral e tem como consequência o cinismo político e o declínio econômico".
Após constatar que "este sistema está podre e onde quer que o toque, sai pus, muito pus", o líder ultraliberal afirmou que "Gramsci destacava que para implementar o socialismo era necessário introduzi-lo através da educação, cultura e mídia. A Argentina é um ótimo exemplo disso".
Como resultado desse ensinamento, segundo o presidente, uma construção se formou na Argentina habitada por pessoas que se beneficiam com base nos princípios do ensino do filósofo italiano.
"Se qualquer grupo for denunciado neste ‘edifício Gramsci', os beneficiários dos privilégios dos outros virão em seu auxílio. Nós estamos aqui para pôr fim a uma arquitetura cultural projetada para sustentar o modelo que beneficia os políticos".
Sobre o mesmo tema, durante sua recente visita à Itália, Milei afirmou em uma entrevista que na Universidade de Buenos Aires "só são estudados economistas marxistas ou keynesianos".
"Esta é a vitória de Antonio Gramsci, que disse que era necessário introduzir o socialismo nos meios de comunicação e seguir em frente a partir daí", afirmou.
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