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Itália assume presidência do G7 com guerras como prioridade

Itália assume presidência do G7 com guerras como prioridade

ROMA, 02 janeiro 2024, 10:14

Redação ANSA

ANSACheck

Itália assumiu presidência do G7 no dia 1º de janeiro - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - A Itália assumiu a presidência rotativa do G7 no último dia 1º de janeiro, quando as guerras em Gaza e na Ucrânia e a crise no Estreito de Taiwan, juntamente com grandes desafios como o terrorismo, as pandemias ou a Inteligência Artificial (IA), colocam em causa a ordem internacional estabelecida após o fim da Guerra Fria.

O país liderado pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, assumiu a liderança do grupo das sete nações mais ricas do mundo das mãos do Japão e promoverá um extenso calendário de reuniões também com os outros membros, como Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, além da União Europeia.

"Começa a presidência italiana do G7. A Itália é protagonista da política internacional. De Norte a Sul receberemos aliados para enfrentar as grandes questões globais, das guerras às alterações climáticas, da África à inteligência artificial. Uma grande oportunidade, estamos prontos", escreveu o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.

O governo italiano já reiterou que as guerras em Gaza e na Ucrânia, as relações com o "Sul global", África e as migrações, além da ligação entre a Inteligência Artificial e a democracia serão temas da cúpula de líderes mundiais entre 13 e 15 de junho, na região de Puglia, no sul da Itália, um cenário cuidadosamente escolhido.

"Simboliza o abraço entre o Oriente e o Ocidente e é também a melhor forma de superar a narrativa do Ocidente, por um lado, e do resto do mundo, por outro", explicou Meloni.

A cúpula acontecerá depois de uma série de acontecimentos que confirmaram no último ano que o mundo já não é estável, como a guerra deflagrada pela Rússia contra a Ucrânia, a crise do Estreito de Taiwan, a guerra de Nagorno-Karabakh e a agressão e resposta entre o grupo fundamentalista Hamas e Israel.

Entre as questões-chave estará também a decisão de iniciar o processo de adesão da Ucrânia à União Europeia, o que é tratado como um impulso político para Kiev.

Inclusive, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, parabenizou Meloni por assumir a presidência rotativa do G7 e disse que espera continuar a cooperação nos desafios globais.

"Parabéns a Giorgia Meloni pela presidência italiana do G7. Estou grato aos nossos parceiros italianos por defenderem a liberdade e a vida humana e por preservarem a estabilidade global e uma ordem internacional baseada em regras", declarou o líder ucraniano no X (antigo Twitter).

Zelensky desejou ainda "à presidência italiana do G7 todo o sucesso na concretização das suas prioridades e esperamos continuar a cooperação frutífera entre a Ucrânia e o G7 na abordagem dos desafios globais comuns".
   

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