(ANSA) - O ex-premiê italiano, líder do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e deputado Giuseppe Conte é o líder político com a renda mais baixa da Itália, declarando ter recebido 24.359 euros em 2022.
O valor corresponde aos rendimentos como deputado por três meses, já que a legislatura com Giorgia Meloni como presidente do Conselho dos Ministros naquele ano começou apenas em outubro.
Para os meses anteriores não foram declarados rendimentos, nem mesmo pelo cargo como líder de seu partido.
Nas últimas semanas, as declarações patrimoniais dos parlamentares vêm sendo publicadas nos portais da Câmara e do Senado italianos.
O mais rico continua sendo o também ex-premiê, líder da sigla Itália Viva (IV) e senador Matteo Renzi, com uma renda tributável de 3,2 milhões de euros.
A atual premiê e líder do Irmãos da Itália (FdI), Giorgia Meloni, declarou 284.798 euros.
A secretária do Partido Democrático (PD), Elly Schlein, declarou 94.725 euros, enquanto o secretário do partido de centro Ação, Carlo Calenda, declarou renda de 83.244 euros, e o líder do +Europa, Riccardo Magi, declarou renda de 98.471 euros.
O presidente do Senado, Ignazio La Russa, declarou 430.553 euros no ano fiscal de 2022, enquanto o presidente da Câmara, Lorenzo Fontana, declarou 110.239 euros.
As declarações também revelam curiosidades, como o fato de Giuseppe Conte ser o proprietário de um veículo Jaguar de 1996.
Após as divulgações, Matteo Renzi veio a público falar sobre seus altos rendimentos: “Alguns meios de comunicação estão escandalizados com as rendas dos parlamentares. Deixem-me dizer alto e claro, caros amigos: tenho orgulho de ter contribuído com mais de um milhão de euros para a vida da comunidade".
"E não me envergonho de pagar em um dia o triplo do que Giuseppe Conte pagou em um ano. Porque quem paga impostos nunca se envergonha. Que se envergonhem os espertinhos, não os cidadãos honestos. Pessoalmente, prefiro admirar em vez de invejar, prefiro sorrir em vez de lamentar, prefiro viver em vez de insultar. Bom dia a todos”, concluiu, em uma rede social.
Em resposta, Carlo Calenda disse: “Querido, já chega! Devemos nos envergonhar porque não recebemos dinheiro de autocratas, empresários, lobistas etc., enquanto somos generosamente pagos pelos cidadãos italianos para desempenhar uma função pública? Este é o seu ponto de vista? Aproveite seu dinheiro serenamente, mas não nos dê lições morais. Obrigado”.
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