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Argentina tem 2° dia de protestos contra novo decreto de Milei

Argentina tem 2° dia de protestos contra novo decreto de Milei

Multidão foi às ruas contra medidas do novo presidente do país

BUENOS AIRES, 22 dezembro 2023, 08:50

Redação ANSA

ANSACheck

Protestos foram registrados em diversas cidades do país © ANSA/EPA

(ANSA) - Milhares de argentinos foram às ruas pelo segundo dia consecutivo na noite desta quinta-feira (21) em protesto contra o "mega decreto" de desregulamentação da economia e privatizações do novo presidente Javier Milei.

Diversas mobilizações foram registradas em Buenos Aires, Córdoba, Rosário, Santa Fé e Mar del Plata. Imagens de atos em Bariloche, Salta, San Miguel, Chaco e Mendoza.

Na capital do país, um grupo mobilizou um "panelaço" diante do Congresso Nacional, mas foi afastado pela polícia com base no novo código de segurança anunciado pelo governo recentemente.

Confrontos entre policiais e manifestantes foram registrados em Córdoba, onde a polícia usou spray e gás lacrimogêneo para dispersar uma concentração presente na praça Pátio Olmos.

Apesar dos protestos de rua e da avaliação de inconstitucionalidade por parte dos principais especialistas, o governo de Milei está determinado a dar continuidade ao processo parlamentar do decreto.

Neste contexto, os sindicatos anunciaram para a próxima quarta-feira (27) uma manifestação contra o governo e a apresentação de uma queixa de inconstitucionalidade à justiça.

O Decreto de Necessidade de Urgência (DNU) foi anunciado nesta semana pelo novo presidente da Argentina e leva à desregulamentação da economia do país, além de revogar diversas leis federais e deixar as empresas estatais mais próximas de movimentos de privatizações.

Em vídeo transmitido em rede nacional, o ultraliberal afirmou que a medida vai estabelecer as "bases para a reconstrução" da Argentina, como a conversão de empresas estatais em sociedades anônimas para facilitar sua privatização e a flexibilização de serviços de internet via satélite, da medicina privada e do mercado de trabalho.

Além disso, o decreto, que revoga mais de 300 normas de uma só vez, estabelece "emergência pública em matéria econômica, financeira, fiscal, administrativa, previdenciária, tarifária, sanitária e social até 31 de dezembro de 2025".
   

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