(ANSA) Membros do governo dos Estados Unidos procuraram funcionários da presidência brasileira para atuar na busca de uma resolução na crise entre Venezuela e Guiana pelo controle do território do Essequibo.
A crise entre Caracas e Georgetown foi um dos temas da reunião feita nesta sexta-feira (8) entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Defesa, José Mucio, no Palácio da Alvorada.
Segundo fontes do governo, os Estados Unidos estão preocupados com a escalada da tensão por Essequibo e acha que Brasil é o país "adequado" para ajudar a evitar um conflito armado, publicou hoje o portal de noticias UOL.
De acordo com fontes brasileiras, há comunicações "de forma constante" com membros da Casa Branca com o objetivo de tentar colocar panos quentes entre o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e seu homólogo guianês, Irfaan Ali.
Essa não é a primeira vez que os governos de Biden e Lula fazem consultas sobre Caracas. Eles já estiveram em contato para procurar uma solução para as tensões entre Maduro e a oposição venezuelana em virtude das eleições presidenciais de 2024.
O presidente Lula enviou seu assessor especial Celso Amorim a Barbados em outubro para a assinatura do acordo entre Maduro e a oposição.
Já em novembro, Amorim foi a Caracas para falar com o mandatário chavista sobre a disputa por Essequibo. Em paralelo, Lula propôs ontem, na 63ª cúpula dos presidentes do Mercosul, uma possível mediação entre Venezuela e Guiana.
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