(ANSA) - Esta quarta-feira (18) marcou o último dia da campanha de primeiro turno à presidência da Argentina. A eleição ocorre neste domingo (22) e, caso nenhum candidato obtenha 45% dos votos ou 40% com diferença de 10 pontos percentuais para os demais candidatos, haverá um segundo turno em 19 de novembro.
Segundo a última pesquisa da consultoria Sentimientos Públicos, que entrevistou online 8,4 mil pessoas, o atual ministro da Economia e candidato da coalizão de governo Unión por la Patria (UxP) de centro-esquerda, Sergio Massa, deve disputar o segundo turno com o "outsider" ultraliberal e vencedor das primárias, candidato de La Libertad Avanza (LLA), Javier Milei.
Bem cotada na capital Buenos Aires, Patricia Bullrich, de Juntos por el Cambio (JxC), de centro-direita, ficaria fora da segunda etapa do pleito, segundo a pesquisa. Se o cenário se confirmar, a pesquisa também prevê vitória de Javier Milei em novembro.
Em seu último comício, Milei se dedicou a reassegurar o eleitorado de que seu eventual governo não representaria "um salto no escuro". Diante de milhares de apoiadores fervorosos, em uma atmosfera mais de show de rock que de comício, Milei ficou na multidão antes de falar no palco.
"Quero que votem em mim para devolver o poder que foi tirado de vocês. Os únicos que saltarão no escuro serão os ladrões da casta. A casta política corrupta tem medo, éramos os outsiders e agora somos os favoritos", declarou.
Na última agenda de Sergio Massa, chamou a atenção a ausência da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Máximo Kirchner, filho de Cristina e presidente da bancada governista da Câmara, compareceu, mas não subiu no palco.
Com fortes críticas a Patricia Bullrich e Javier Milei, declarou: "O pior está acontecendo. Obrigado de coração, sei do esforço que têm feito. Custe o que custar, no domingo temos que vencer. E vamos começar a virar a história".
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