(ANSA) - O governo da premiê da Itália, Giorgia Meloni, aprovou nesta segunda-feira (16) o projeto de Lei Orçamentária para 2024, que prevê 24 bilhões de euros em novos gastos para financiar promessas de campanha.
Segundo a primeira-ministra, as medidas serão financiadas por meio de "16 bilhões de euros" em déficit e o restante com o "corte de despesas".
"É uma proposta que considero muito séria e realista, concentrando recursos em grandes prioridades", declarou Meloni em uma coletiva de imprensa em Roma. "Queremos focar os poucos recursos que tínhamos à disposição em quem mais precisa", ressaltou.
Entre as principais medidas está a desoneração do imposto de renda para pessoas físicas com ganhos entre 15 mil e 28 mil euros por ano, que pagarão uma alíquota de 23%, contra os atuais 25%. As taxas de 35% para quem fatura entre 28 mil e 50 mil euros e de 43% para os que recebem acima de 50 mil devem ser mantidas.
Além disso, o governo vai aumentar a faixa de isenção do imposto de renda de 8.174 euros para 8,5 mil. Até o fim de seu mandato, a gestão Meloni pretende implantar uma alíquota única, promessa de campanha da coalizão de direita que comanda o país.
A Lei Orçamentária também prevê uma redução de seis pontos percentuais nos impostos sobre a folha de pagamento de trabalhadores que ganham até 35 mil euros por ano e de sete pontos para aqueles que recebem até 25 mil. Segundo Meloni, isso significa "100 euros a mais por mês para cerca de 14 milhões de cidadãos".
O projeto ainda inclui o reajuste das aposentadorias para compensar a disparada da inflação neste ano e benefícios fiscais para mães com pelo menos dois filhos. Além disso, a partir do segundo filho, a creche será gratuita, medida que é parte dos planos de Meloni para tentar reverter a tendência de queda da natalidade na Itália.
A Lei Orçamentária precisa ser aprovada até o fim de 2023, mas não deve encontrar dificuldades para receber o aval do Parlamento, onde a direita tem maioria confortável. (ANSA)
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