(ANSA) - O candidato ultraliberal à presidência da Argentina, Javier Milei, definiu nesta quarta-feira (4) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "um comunista furioso" e acusou-o de tomar "ações diretas contra a sua candidatura".
"A casta vermelha treme. Muitos comunistas nervosos e com ações diretas contra mim e meu espaço. A liberdade avança! Viva a liberdade, caralho!", escreve Milei em seu perfil no X (antigo Twitter).
A declaração faz referência a um artigo publicado no jornal "O Estado de S.Paulo", assinado pela jornalista Vera Rosa, no qual é revelado que o petista atuou para o Banco de Desenvolvimento de América Latina (CAF) liberar um empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina via o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A medida beneficiaria o governo do atual presidente Alberto Fernández, que lançou seu ministro da Economia, Sergio Massa, como candidato à presidência do país vizinho.
Segundo a publicação, com a influência de Lula, os países-membro do CAF teriam aprovado o envio do recurso diretamente ao FMI em nome da Argentina, garantindo um desembolso de US$ 7,5 bilhões ao país.
Dos 21 países que fazem parte do CAF, somente o Peru votou contra a medida. Atualmente, a Argentina vive uma situação econômica dramática, com uma inflação de mais de três dígitos ao ano, falta de dólares e uma dívida bilionária com o FMI.
Lula já foi alvo de Milei diversas vezes e, inclusive, foi chamado pelo argentino de socialista com "vocação totalitária".
O líder populista, que pretende tirar a Argentina do Mercosul, é considerado uma versão piorada do rival do petista Jair Bolsonaro e sua possível eleição tem provocado temor no Palácio do Planalto, tendo em vista que acredita que sua eventual vitória será um verdadeiro desastre.
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