(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, comentou nesta sexta-feira (15) que uma "missão da União Europeia" é necessária para "impedir a saída" de barcos com migrantes.
Em um vídeo divulgado pelo Palazzo Chigi em relação ao tema, a chefe de governo italiana destacou que essa ação europeia deveria ocorrer "em acordo" com as autoridades dos países do norte da África.
"É preciso verificar quem tem ou não direito ao asilo e acolher na UE apenas aqueles que realmente têm direito a isso. Ao mesmo tempo, trabalhar com investimentos sérios no desenvolvimento", analisou Meloni.
"O governo pretende imediatamente adotar medidas extraordinárias para fazer frente ao número de desembarques que temos assistidos em nossas costas", acrescentou.
Na gravação, a premiê defendeu que a "pressão migratória" em cima de Roma desde o início do ano "é insustentável". Ela também reforçou que a Europa "não pode aceitar essa enorme massa de pessoas" chegando.
"Isso tudo é fruto de uma situação internacional muito difícil que combina problemas que os países africanos já tinham com uma situação de instabilidade crescente, entre golpes de Estado, catástrofes naturais e guerras", analisou Meloni.
Na esteira de tudo isso, a primeira-ministra convidou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para visitar a ilha italiana de Lampedusa, que se encontra em estado de emergência pelos sucessivos recordes de desembarque de migrantes.
O poder Executivo da UE admitiu que os Estados-membros precisam demonstrar solidariedade à Itália por conta da crise migratória no Mar Mediterrâneo.
Dados do Ministério do Interior italiano apontam que a nação recebeu 127,2 mil migrantes forçados via Mediterrâneo desde o início do ano, quase o dobro da cifra registrada no mesmo período de 2022.
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