(ANSA) - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, prestou neste domingo (3) uma homenagem ao general Carlo Alberto Dalla Chiesa, assassinado em um ataque mafioso em 1982, e convocou todo o país a um esforço conjunto na luta contra a máfia.
O apelo foi feito em uma mensagem divulgada por ocasião do 41º aniversário do crime. Em 3 de setembro de 1982, a máfia assassinou o então prefeito de Palermo, sua esposa Emanuela Setti Carraro e seu agente Domenico Russo.
"O quadragésimo primeiro aniversário do atentado na via Isidoro Carini convoca todo o país a um esforço conjunto na luta contra a máfia. Toda a sociedade italiana deve sentir-se envolvida: as instituições, as agências educativas, o mundo associativo", declarou ele.
Em 1º de maio de 1982, Dalla Chiesa, que foi aclamado na luta contra os terroristas das Brigadas Vermelhas, foi nomeado prefeito de Palermo para impedir a violência da máfia. No entanto, foi assassinado por ordem do sangrento chefe da máfia, Salvatore Riina.
"Em memória daquele trágico acontecimento, toda a comunidade nacional reúne-se em torno dos ideais constitucionais de liberdade, solidariedade e justiça testemunhados, até ao sacrifício da sua vida, pelo empenho nas instituições de Carlo Alberto Dalla Chiesa", acrescenta o texto.
Segundo Mattarella, o exemplo de Dalla Chiesa "desafia hoje a consciência cívica e a responsabilidade pessoal de quem exerce funções públicas, chamados a constituir uma barreira eficaz contra a ilegalidade, a corrupção e a infiltração criminosa no tecido administrativo e econômico".
Já a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, reiterou também o compromisso do Estado em derrotar o crime organizado.
"Quarenta e um anos após o brutal ataque da máfia que causou a morte do general Carlo Alberto Dalla Chiesa, de sua esposa Emanuela Setti Carraro e do oficial de escolta Domenico Russo, o compromisso de erradicar todas as formas de crime organizado continua inabalável", disse ela, reforçando que ele era "um exemplo de integridade e coragem".
Por fim, Meloni agradeceu o então prefeito e todos os servidores do Estado que morreram lutando para livrar a Itália do câncer da máfia".
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