(ANSA) - Os países anunciados nesta quinta-feira (24) como futuros membros do Brics celebraram a entrada no bloco, que promoveu a maior expansão de sua história para dar mais peso ao chamado Sul global.
Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã foram convidados a se juntar a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul a partir de 1º de janeiro de 2024.
"Estamos ansiosos para fazer parte do bloco e alcançar seus objetivos de reforço da cooperação econômica e para fazer a voz do Sul global ser ouvida", diz um comunicado do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, que governa seu país com mão de ferro desde 2014.
Ainda na África, o presidente da Etiópia, Abiy Ahmed, Nobel da Paz em 2019, mas contestado internacionalmente por causa do conflito na região de Tigré, afirmou que a adesão ao Brics é um "grande momento" para seu país.
"A Etiópia está pronta para cooperar com todos por uma ordem global inclusiva e próspera", declarou o mandatário nas redes sociais.
Já o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, destacou que o Brics representa "um novo poder emergente no mundo" e conseguiu unir países na "luta contra o unilateralismo" - a nação persa é alvo de sanções dos Estados Unidos por causa de seu programa nuclear.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, também comemorou a entrada no bloco, afirmando que a busca pela integração é uma "política do Estado e aumenta as possibilidades de abertura" para novos mercados.
No entanto, a presidenciável de oposição Patricia Bullrich afirmou que vai se opor à entrada da Argentina caso seja eleita.
"O presidente da nação, que está em uma situação de enorme fragilidade, acaba de comprometer a Argentina a entrar no Brics, no momento em que acontece a guerra na Ucrânia e ao lado do Irã, com quem temos uma ferida aberta", declarou a candidata.
A "ferida aberta" é o atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que deixou 85 mortos em julho de 1994 e cujas suspeitas recaem até hoje sobre iranianos. (ANSA)
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