(ANSA) - A coalizão da premiê da Itália, Giorgia Meloni, fez nesta sexta-feira (14) um movimento para tentar afundar o projeto da oposição para instituir um salário mínimo no país.
Os maiores partidos oposicionistas haviam protocolado sua proposta na semana passada, com o objetivo de estabelecer um salário mínimo de nove euros (cerca de R$ 49) por hora, mas o governo apresentou nesta sexta, na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, uma emenda que suprime o projeto de lei.
Caso esse instrumento seja aprovado, a proposta da oposição ainda poderá ir a plenário, mas com parecer contrário do relator. Além disso, o governo possui maioria confortável no Parlamento.
"A maioria apresenta uma emenda para apagar com uma canetada a proposta da oposição sobre o salário mínimo sem sequer oferecer a possibilidade de debate, mas, fazendo assim, humilha trabalhadores e trabalhadoras pobres", disse a líder do Partido Democrático (PD), Elly Schlein, de centro-esquerda.
"Meloni e a maioria estão convencidos de ter um mandato político para insultar os italianos", reforçou o ex-premiê Giuseppe Conte, presidente do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S).
Por sua vez, fontes governistas afirmam que a oposição usa o salário mínimo como um "totem de propaganda". Para a situação, a estratégia deve ser reforçar as negociações coletivas.
Atualmente, apenas seis dos 27 membros da União Europeia não têm salário mínimo estabelecido por lei, incluindo a Itália. (ANSA)
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