(ANSA) - A ministra do Turismo da Itália, Daniela Santanchè, foi ao Senado nesta quarta-feira (5) para se defender de acusações referentes a suas atividades empresariais, mas não conseguiu evitar pedidos de renúncia por parte da oposição.
Um programa de jornalismo investigativo da emissora pública Rai afirmou que empresas ligadas à família de Santanchè deram calote em credores e cometeram irregularidades na demissão de funcionários.
Em seu pronunciamento, a ministra, que integra o partido Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni, rebateu que não está sob investigação criminal e que foi vítima de uma "campanha de ódio".
"Estou aqui para defender minha honra e a do meu filho", disse Santanchè, denunciando também uma suposta "campanha de instrumentalização política".
Seus negócios ainda são acusados de receber ajuda imprópria durante a pandemia de Covid-19, mas a ministra afirmou que nunca se apropriou de "nada" que pertencesse a ela. "Desafio qualquer um a provar o contrário", acrescentou.
Segundo Santanchè, ela usou sua própria riqueza pessoal para salvar algumas das empresas que estão no centro das acusações. "Eu esperaria aplausos por isso", disse.
Após o discurso, o populista Movimento 5 Estrelas (M5S), um dos principais partidos de oposição na Itália, apresentou uma moção de desconfiança contra a ministra, enquanto senadores da legenda gritaram "renuncia" em seus bancos no Parlamento.
"Ministra, você não convenceu este plenário, e nós apresentamos uma moção de desconfiança contra você", disse o líder do M5S no Senado, Stefano Patuanelli. (ANSA)
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