(ANSA) - Após a morte do senador e ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, o partido Forza Italia se reuniu nesta sexta-feira (16) para definir os próximos passos sem seu grande líder.
Embora o encontro tenha tido o objetivo de olhar para o futuro, a legenda segue ancorada na memória do "Cavaliere", tanto que o ministro das Relações Exteriores da Itália e vice-premiê, Antonio Tajani, destacou que o nome de Berlusconi nunca desaparecerá da órbita do partido.
"Não é fácil para nós e para os líderes do grupo falar hoje, ainda estamos abalados e magoados com a morte de Berlusconi, que sempre será nosso líder. Fazer essa coletiva é um sacrifício para nós", disse Tajani, coordenador nacional do Forza Italia, dando um sinal que as atividades da legenda continuarão.
"O nome de Berlusconi sempre estará em nosso símbolo porque é uma criação dele, este é e sempre será o partido de Silvio Berlusconi", acrescentou.
Essa será a primeira vez que o Forza Italia não terá Berlusconi em seu comando, pois o ex-premiê era o pivô da legenda. No momento, a palavra de ordem do partido é compacidade.
Tajani, no entanto, destacou que Marina, filha mais velha de Berlusconi, reafirmou a proximidade da sua família ao Forza Italia, mostrando que o nome Berlusconi seguirá tendo influência dentro da legenda.
"Todo o movimento político está unido em torno do nome de Berlusconi. Todos os nossos parlamentares estão empenhados em trabalhar para que o nosso movimento político se confirme como um grande partido", afirmou.
Uma importante etapa da reorganização do Forza Italia será a eleição de um novo presidente. O ministro destacou que ainda não há uma data definida, mas um nome deverá ser confirmado somente em 2024.
Ao longo dos últimos anos, Berlusconi viu seu partido perder cada vez mais popularidade, reduzindo-se à terceira força na coalização de direita que governa a Itália atualmente, encabeçada por Giorgia Meloni.
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