(ANSA) - A Itália se prepara para dar seu último adeus ao senador e ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, morto aos 86 anos em função de uma leucemia crônica.
O governo da premiê Giorgia Meloni proclamou um dia de luto nacional - algo inédito para um ex-premiê - para coincidir com o funeral de Estado do líder conservador, marcado para esta quarta-feira (14), na Catedral de Milão.
Além disso, ordenou que bandeiras fiquem a meio mastro em edifícios públicos em território italiano e em consulados e embaixadas no exterior.
O corpo de Berlusconi está em sua mansão em Arcore, nos arredores de Milão, com acesso apenas de familiares e amigos próximos. Do lado de fora, fãs depositaram flores, cartazes, bandeiras do Força Itália (FI), partido do ex-premiê, e cachecóis do Milan, que teve sua fase mais vitoriosa sob o comando do "Cavaliere".
Torcedores do Monza, clube que pertencia a Berlusconi, também estenderam uma faixa com os dizeres "Obrigado eternamente, presidente".
Já o funeral terá a presença de expoentes políticos e será transmitido em telões no lado de fora da catedral. No mesmo dia, as três sedes do Parlamento Europeu - em Bruxelas, Estrasburgo e Luxemburgo - deixarão as bandeiras do bloco e da Itália a meio mastro por ocasião da cerimônia fúnebre.
Homenagens
Mulheres que passaram pela vida de Berlusconi também prestaram homenagem ao ex-premiê nesta terça-feira (13), como sua primeira esposa, Carla Elvira Dall'Oglio, com quem ele teve dois filhos: Marina e Pier Silvio.
"Caríssimo Silvio, você foi um grande homem e um extraordinário pai para nossos filhos. Lembrarei sempre a beleza dos anos transcorridos juntos", diz um obituário publicado por ela na imprensa italiana.
Já Barbara Guerra, ex-participante das noitadas de Berlusconi quando ele era primeiro-ministro, afirmou que os dois "se gostavam muito".
"Silvio foi um pedaço da minha existência, um professor de vida que me ensinou muito", afirmou a ex-acompanhante. "Eu o conhecia havia mais de 15 anos, ele parecia imortal, era como um pai, sempre me defendeu e me ajudou", acrescentou. (ANSA)
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