(ANSA) - O governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, deve apresentar em breve uma proposta de reforma constitucional que estabelece a eleição direta para premiê.
O país é uma república parlamentarista desde 1946, e o chefe de governo é indicado pelo partido ou aliança que detém a maioria dos assentos no Legislativo.
No entanto, como as legendas geralmente dependem de coligações para governar, premiês costumam ter vida curta no cargo.
"Não temos preconceitos, mas parece que se caminha rumo a uma proposta de eleição direta do presidente do Conselho dos Ministros [nome oficial da função de premiê], de modo que haja um governo que dure bastante tempo", disse o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, nesta quarta-feira (31).
A gestão Meloni alega que a eleição direta para primeiro-ministro garantiria um Executivo mais estável e refletiria a vontade do povo, mas ainda não se sabe exatamente como o sistema funcionaria na prática.
Esse modelo seria uma espécie de compromisso entre o governo, que chegou a cogitar a hipótese de presidencialismo, e a oposição, que é contra alterações na função de presidente da República, cargo eleito pelo Parlamento e que é uma espécie de árbitro da política italiana. (ANSA)
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