(ANSA) - O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres ficou em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
O representante, que também é ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, está preso desde o sábado (14) após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ter sido atendido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é suspeito de omissão nas ações de segurança que culminaram com a destruição dos prédios federais na Praça dos Três Poderes.
Os agentes chegaram por volta das 10h30 da manhã desta quarta-feira (18) ao 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, onde Torres está preso, e saíram do local ao meio-dia. Segundo os advogados, o ex-secretário afirmou que não tinha declarações para dar.
Conforme fontes da polícia repercutidas pela mídia brasileira, o representante também teria sido questionado sobre a "minuta do golpe", encontrada em sua residência durante a operação de busca e apreensão, e que previa impor um "estado de defesa" dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e reverter o resultado das eleições.
Até o momento, a defesa de Torres diz que seu cliente não fará delação premiada sobre o caso e que ele não cometeu crimes no dia da destruição.
Já o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, foi depor de maneira espontânea sobre o caso e culpou seu ex-secretário e o comando da polícia e dos militares de não terem cumprido com o plano de segurança para o dia 8 de janeiro.
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