(ANSA) - O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, foi questionado nesta segunda-feira (9) sobre o status do visto usado pelo ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro, que teria entrado no país para suas férias com o passaporte diplomático.
Price não comentou a questão individual do político por ser algo confidencial, mas explicou como funciona a regra para alguém que entre no país com visto oficial, mas deixe o cargo durante a estadia.
"Se alguém entra nos EUA com um visto diplomático, mas se o portador deste visto não está mais realizando missões oficiais representando seu governo, ele deve deixar os EUA ou pedir a mudança do status de migrante em até 30 dias. Esse pedido deve ser feito ao Departamento de Segurança Nacional", afirmou aos jornalistas.
O representante ainda ressaltou que essa é uma responsabilidade do visitante e que pode haver "remoção" em caso de não cumprimento.
Bolsonaro está na Flórida desde o dia 30 de dezembro, quando ainda era presidente do país, mas perdeu o passaporte diplomático no dia 1º de janeiro, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o poder. Por isso, precisaria pedir a mudança para o status de turista - visto B2.
Só que há outra questão, os turistas precisam comprovar a vacinação contra a Covid-19 para entrar nos EUA - algo que não é requisitado para diplomatas ou chefes de Estado. Publicamente, Bolsonaro sempre negou que se vacinou contra a doença.
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