O chanceler da Hungria, Péter Szijjártó, teria oferecido ajuda para a reeleição do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, durante um encontro com a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cristiane Britto, revelou o jornal "Folha de S. Paulo" nesta quinta-feira (28).
A manifestação foi registrada em ata, após uma reunião em julho realizada em Londres, no Reino Unido, pela própria ministra.
Conforme o jornal, o representante do governo do ultranacionalista Viktor Orbán, disse que esse apoio seria por conta dos dois governos "terem a mesma visão sobre família" e "em segundo lugar, devido ao interesse em saber mais do cenário eleitoral, ele questionou se haveria algo que o governo húngaro poderia fazer para ajudar na reeleição do presidente Bolsonaro".
Horas após a publicação da reportagem, o Ministério enviou uma nota ao jornal de que afirma que a manifestação foi só uma ação para mostrar "apoio e simpatia" e que considerar a falar "como uma tentativa de interferência no processo eleitoral brasileiro extrapola todos os limites da razoabilidade.
O governo húngaro é um dos poucos que apoia abertamente Bolsonaro. O presidente brasileiro foi ao país em fevereiro e a mandatária húngara, Katalin Novak, foi a Brasília neste mês.
Orbán é considerado um dos líderes mais populistas da União Europeia e seu governo sofre constantemente com processos abertos pelo bloco por conta de sua atuação contra minorias. No último final de semana, o premiê húngaro chegou a fazer um discurso com ideias nazistas, em que dizia que o povo de seu país "não quer se misturar" e quer ser uma "raça húngara pura".
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