Mais de 50 cidades e vilarejos na Síria foram tomados por grupos jihadistas e rebeldes ligados à Turquia, no âmbito de uma grande ofensiva no norte e noroeste do país árabe nos últimos três dias, enquanto o regime de Bashar al-Assad e sua principal aliada, a Rússia, responderam com bombardeios aéreos.
"Mais de 50 povoados e cidades nas regiões de Aleppo e Idlib estão sob o controle da Hayat Tahrir al-Sham [HTS, ou 'Organização para a Libertação do Levante') e facções aliadas", informou Rami Abdel Rahman, dirigente da ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Em resposta, aviões russos e sírios efetuaram pelo menos 23 ataques aéreos na região de Idlib, último bastião de jihadistas e rebeldes, que lançaram uma vasta ofensiva em zonas controladas pelo regime, chegando até Aleppo, principal cidade do norte da Síria.
"Queremos que as autoridades sírias restabeleçam a ordem nesta área o mais rapidamente possível", afirmou Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin.
Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores da Turquia cobrou o fim dos ataques contra rebeldes, afirmando que os recentes combates provocaram uma "escalada indesejada da tensão".
O OSDH diz que mais de 250 pessoas morreram durante a ofensiva nos últimos dias, incluindo cerca de 20 mulheres e crianças. A guerra na Síria já dura 13 anos e deixou mais de 500 mil mortos, além de milhões de refugiados.
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