O emissário especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Amos Hochstein, chegou nesta terça-feira (19) a Beirute para discutir uma trégua entre Israel e o Hezbollah, em meio ao aumento da tensão na região.
Segundo a imprensa local, inicialmente, Hochstein havia desistido de ir ao Líbano, mas a situação mudou depois que o governo libanês e o Hezbollah concordaram em discutir a proposta americana de um cessar-fogo com Israel.
Um funcionário libanês disse à AFP que o governo de Beirute vê a proposta de trégua dos Estados Unidos de forma positiva, enquanto uma segunda fonte reforçou que o Líbano estava aguardando Hochstein para "revisar com ele alguns pontos pendentes".
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, explicou que Washington havia compartilhado propostas com os governos libanês e israelense. "Ambos os lados reagiram às propostas que apresentamos", afirmou.
Miller destacou ainda que os Estados Unidos estão pressionando pela "implementação total" da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que encerrou a guerra Israel-Hezbollah de 2006 e exige que todas as forças armadas, exceto o Exército regular libanês e as forças de manutenção da paz das Nações Unidas, se retirem da área fronteiriça.
Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que seu país continuará a operar militarmente contra o Hezbollah, mesmo que seja alcançado um acordo de cessar-fogo no Líbano, para impedir a reconstrução do grupo.
Outra autoridade libanesa confirmou que a embaixadora dos EUA, Lisa Johnson, discutiu o plano com o primeiro-ministro Najib Mikati e o presidente do Parlamento, aliado do Hezbollah, Nabih Berri, que liderou os esforços de mediação em nome do grupo.
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