O governo da premiê Giorgia Meloni anunciou nesta sexta-feira (15) que um ginásio em uma base italiana da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) foi atingido por um projétil de artilharia que não explodiu.
A declaração foi dada pelo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, que afirmou que o país pediu a Israel para explicar o incidente.
"Pedi ao novo ministro das Relações Exteriores israelense esclarecimentos sobre o que aconteceu em Shama, onde um projétil de artilharia não detonado atingiu o ginásio de nossa base da Unifil", afirmou Tajani, à margem de sua visita a Mônaco.
Em pronunciamento à imprensa, o chanceler italiano revelou que reiterou "o pedido de proteção para os soldados italianos, que estão lá pela paz e não são terroristas".
Segundo Tajani, seu homólogo israelense "foi muito prestativo e garantiu uma investigação imediata sobre o incidente".
Relatos indicam que o projétil era uma "granada calibre 155 que caiu e não explodiu. Caso tivesse sido detonado, poderia ter causado danos significativos por causa de sua letalidade.
O esquadrão antibombas trabalha para tornar o dispositivo seguro, enquanto a hipótese é de que tenha ocorrido "um erro". A granada provavelmente dirigia-se para um alvo mais ao norte, mas por motivos que ainda precisam ser apurados, caiu antes, atingindo a base italiana.
Em comunicado, a Farnesina disse que Tajani manteve um primeiro contato telefônico com seu homólogo israelense, Gideon Saar, a quem reiterou pela primeira vez os pedidos para garantir a segurança dos soldados envolvidos na missão da ONU no Líbano e classificou os recentes ataques contra suas infraestruturas “inaceitáveis”.
“Saar garantiu uma investigação imediata do incidente”, afirmou.
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