O governo da Rússia confirmou nesta quarta-feira (9) a informação contida no livro "War" ("Guerra"), do jornalista americano Bob Woodward, que alega que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou um teste de Covid-19 para uso pessoal a seu homônimo russo, Vladimir Putin, durante o auge da pandemia, em 2020.
No entanto, o Kremlin desmentiu que Putin tenha falado ao telefone por sete vezes com Trump após este deixar a Casa Branca.
"Nós também enviamos materiais no início da pandemia", afirmou o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, ao jornal local Rbc, referindo-se ao fornecimento de equipamentos médicos mandados aos EUA na época, incluindo trajes de proteção individual em hospitais.
Já sobre os telefonemas, o representante do Kremlin afirmou que "não, não é verdade".
"War", que será lançado nos EUA no próximo dia 15, traz revelações quentes sobre dois presidentes americanos: o atual, Joe Biden, e o anterior, Donald Trump.
A campanha de Trump para as eleições de 2024 definiu o conteúdo do livro de Woodward como "falso". "São histórias inventadas por um homem verdadeiramente demente e desequilibrado, que sofre de um caso debilitante de síndrome de desequilíbrio relacionada a Trump", afirmou Steven Cheung, diretor de comunicação do republicano.
Já Biden, que segundo o jornalista chamou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de "filho da p..." e "cara de m...", não comentou até o momento as informações contidas na obra.
O jornalista investigativo de 81 anos é autor de diversos livros envolvendo figuras públicas da política dos EUA. Sua obra mais aclamada é "Todos os homens do presidente: O caso Watergate e a investigação jornalística mais famosa da história", publicada em 1974, em parceria com Carl Bernstein.
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