Os ministros do Interior do G7 aprovaram nesta sexta-feira (4), durante reunião em Mirabella Eclano, na Itália, um plano de ação contra o tráfico de seres humanos, tema caro ao país por conta da crise migratória no Mediterrâneo.
Segundo o ministro italiano do Interior, Matteo Piantedosi, a iniciativa consiste em cinco pontos: reforço das capacidades investigativas das forças de polícia; aumento da cooperação internacional com o compartilhamento de boas práticas; intensificação da cooperação com países terceiros; campanhas de sensibilização com a implementação de monitoramento dos fluxos; e atenção à dimensão virtual dos serviços oferecidos pelos traficantes, frequentemente publicados nas redes sociais.
"A prioridade é o desmantelamento dos cartéis que obtêm lucros imensos enquanto colocam em risco a vida dos migrantes", disse Piantedosi.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o tráfico de seres humanos gera lucros de US$ 6,7 bilhões (R$ 37 bilhões) por ano às organizações criminosas que atuam nas rotas entre África e Europa e entre as Américas do Sul e do Norte.
Na reunião na Itália, os ministros do G7 também confirmaram a "determinação em intensificar os esforços para prevenir, combater e erradicar grupos criminosos organizados envolvidos no tráfico de migrantes" e se comprometeram a "fornecer proteção e assistência" às vítimas de coiotes, "especialmente mulheres e meninas".
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