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Explosões de pagers do Hezbollah deixam 18 mortos e 4 mil feridos

Explosões de pagers do Hezbollah deixam 18 mortos e 4 mil feridos

Dispositivos foram detonados em ação atribuída a Israel

TEL AVIV, 18 de setembro de 2024, 08:02

Redação ANSA

ANSACheck
Parentes de feridos chegam a hospital em Beirute, capital do Líbano © ANSA/EPA

Parentes de feridos chegam a hospital em Beirute, capital do Líbano © ANSA/EPA

Um ataque cibernético atribuído à inteligência de Israel provocou explosões de centenas de pagers de supostos membros do grupo xiita Hezbollah em Beirute e Damasco, capitais do Líbano e da Síria, respectivamente.
    Segundo a TV libanesa Al Jadeed, citando fontes médicas, pelo menos 11 pessoas morreram e 4 mil ficaram feridas nas detonações, sendo que mais de 200 indivíduos estão internados em estado grave, a maioria deles com lesões no rosto, nas mãos e no estômago.

Entre os mortos estaria uma menina de 10 anos, enquanto o embaixador iraniano no Líbano, Mojtaba Amani, ficou levemente ferido.

Já o balanço provisório em Damasco é de pelo menos sete baixas entre integrantes do Hezbollah. Em comunicado, o grupo xiita, aliado do Irã e do Hamas, atribuiu a Israel a "total responsabilidade" pelas explosões e prometeu impor uma "punição justa" ao país judeu, elevando os temores de uma nova escalada da tensão no Oriente Médio.
    Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra um dispositivo explodindo no bolso de um homem dentro de um mercado em Beirute e o indivíduo correndo na sequência.
    O Ministério da Saúde do Líbano colocou os hospitais em alerta para receber feridos nas detonações, enquanto um membro do Hezbollah disse ao jornal israelense Haaretz que essa foi a "maior violação de segurança" sofrida pelo grupo desde o início da atual guerra em Gaza, que provocou um aumento das hostilidades na fronteira libanesa.
    Pagers se popularizaram nos anos 1990 e caíram em desuso devido à evolução dos celulares, mas ainda hoje são o meio de comunicação preferido pelo Hezbollah para evitar o risco de interceptação de mensagens.
    Até o momento, o governo de Israel não comentou a ação. 
   

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