O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou nesta sexta-feira (16) uma reunião extraordinária para votar um novo projeto de resolução sobre a grave situação na Venezuela.
A crise política no país se agravou após as disputadas eleições de 28 de julho em que tanto o presidente Nicolás Maduro quanto o candidato desafiante da oposição Edmundo González Urrutia reivindicam a vitória.
A resolução - com o apoio da Argentina, Canadá, Chile, Equador e Uruguai - exigiria que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano publicasse imediatamente a ata com o resultado das votações de cada seção eleitoral e permitiria uma verificação independente dos resultados.
O documento evidencia a preocupação com os "relatos de violações dos direitos humanos" após as eleições e apela ao regime de Maduro para que respeite o direito dos cidadãos de se reunirem pacificamente, sem medo de represálias, detenções arbitrárias ou julgamentos irregulares.
Além disso, a OEA pede a proteção das instalações diplomáticas e do pessoal estrangeiro na Venezuela e afirma o compromisso da organização de "permanecer atenta à situação" no país liderado por Maduro.
A reunião é convocada quase um mês depois de o primeiro texto debatido ter sido reprovado por não atingir os votos necessários. Na ocasião, o Brasil foi um dos 11 países a se abster na votação.
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