O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, condenou o uso da força contra manifestantes pelo regime de Nicolás Maduro e revelou que ítalo-venezuelanos foram detidos em Caracas.
Em uma nota divulgada nesta sexta-feira (2) pela Farnesina, o chefe da pasta repreendeu firmemente a prisão de cidadãos venezuelanos, incluindo ítalo-venezuelanos, e também expressou forte preocupação pelas limitações à liberdade de imprensa na nação sul-americana.
"Exigimos o direito à informação para jornalistas locais, italianos e internacionais atualmente no país", escreveu o ministro.
Tajani declarou que os escritórios diplomáticos-consulares italianos em Caracas estão funcionando normalmente para prestar assistência, já que a Venezuela está em uma situação que permanece fluida e em constante evolução.
"A Itália está ao lado do povo venezuelano, que manifestou a sua vontade", declarou o ministro, sublinhando a urgência de respeitar o voto democrático.
A Venezuela abriga uma das maiores comunidades italianas no mundo, com mais de 160 mil pessoas registradas nos órgãos consulares no país.
Em meio às polêmicas pós-eleições, o governo Maduro expulsou o jornalista italiano Marco Bariletti e seu cinegrafista, Ivo Bonato, logo após seu desembarque no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, nos arredores de Caracas.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o presidente Nicolás Maduro foi reeleito com 51,20% dos votos, porém o órgão vem ignorando as pressões da oposição e de parte da comunidade internacional para divulgar as atas do pleito.
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