O Parlamento de Israel aprovou nesta quinta-feira (18), por 68 votos a 9, uma resolução que rejeita o nascimento de um Estado palestino.
O texto foi apoiado tanto pela coalizão do premiê Benjamin Netanyahu quanto pela oposição de direita e pelo partido centrista de Benny Gantz, enquanto árabes e trabalhistas votaram contra. "Um Estado palestino no coração de Israel constituiria uma ameaça existencial para Israel e seus cidadãos, perpetuaria o conflito e desestabilizaria a região", diz a resolução, que chega às vésperas de uma viagem de Netanyahu aos EUA, cujo presidente, Joe Biden, defende a solução dos dois Estados.
A Knesset já havia aprovado uma resolução semelhante em fevereiro passado, mas, na ocasião, o texto rejeitava um Estado palestino no caso de uma decisão "unilateral". Desta vez, o documento rechaça até mesmo uma solução negociada.
"Promover a ideia de um Estado palestino agora seria uma recompensa para o terrorismo e encorajaria o Hamas", diz a resolução.
Um porta-voz de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), reagiu e afirmou que "não haverá paz nem segurança sem a instituição de um Estado palestino em conformidade com a legislação internacional".
"Essas decisões confirmam a insistência de Israel e de sua coalizão de governo em querer jogar toda a região no abismo", acrescentou. (ANSA)
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