(ANSA) - O rapper italiano Fedez afirmou nesta terça-feira (27) que a saúde mental, na Itália, é pouco levada em consideração.
A declaração foi dada durante um encontro com 370 estudantes de nível médio, em Turim.
“A saúde mental e a física devem andar juntas, mas a mental, neste país, não é considerada. Enfrentei um tumor no pâncreas muito raro e precisei lidar com a possibilidade da morte. Naquele período, tive a pior experiência com psicofármacos. Tomava até sete, e o médico que me dava não entendia que eu estava mal”, relatou.
O cantor respondeu às perguntas dos jovens sobre o assunto, afirmando que “a saúde mental não é levada em conta pela mídia e pela política, porque não arrecada votos nem dinheiro”.
Ele também aconselhou aos que sofrem de depressão que busquem tratamento, já que a doença não pode ser encarada apenas com conselhos motivacionais: “Se te receitarem remédios, não abandone a terapia”.
“Cada vez que eu tomava um remédio, me dava reações adversas. E o médico, para curar a reação, me prescrevia outro remédio. Cheguei a tomar realmente muitos, e fiquei mal. Parei de tomar todos de uma vez, sem retirada gradual”, contou ainda.
“Foi terrível. É como se você estivesse se desintoxicando de heroína. Fiquei 10 dias na cama sem conseguir levantar, não distinguia a realidade dos sonhos. Os sonhos me pareciam mais reais do que a realidade. Experiência horrível”, concluiu.
Em meio a uma crise com a mulher, a mega influenciadora Chiara Ferragni, com rumores de separação, o artista não tocou no assunto.
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