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Ação coletiva contra Ferragni pede reembolso de 1,6 mi de euros

Ação coletiva contra Ferragni pede reembolso de 1,6 mi de euros

Influenciadora é investigada pelo MP de Milão por fraude agravada

MILÃO, 09 janeiro 2024, 09:12

Redação ANSA

ANSACheck

Chiara Ferragni é investigada por fraude agravada na Itália - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - A Codacons, associação italiana de defesa dos direitos dos consumidores, decidiu abrir uma "ação coletiva" contra Chiara Ferragni, uma das influenciadoras mais populares da Itália, para obter reembolso aos consumidores que adquiriram o pandoro para caridade em uma campanha alvo de investigação.

A iniciativa, em nome de todos os lesados pelos supostos delitos investigados pelas autoridades judiciais da Itália, tem como objetivo garantir um ressarcimento total no valor de 1,65 milhão de euros.

Em comunicado, a associação italiana explica que o valor foi calculado sobre "os mais de 290 mil pandoros vendidos em 2022 - de um total de 362.577 peças comercializadas". A quantia diz respeito à diferença entre o preço do pandoro 'normal' Balocco (3,68 euros) e o criado para Ferragni (9,37 euros).

Segundo a Codacons, as publicações da esposa do rapper Fedez "teria nos levado a acreditar que o aumento de preço de 5,69 euros foi o valor do donativo solidário dos compradores individuais".

"Mesmo na falta de recibo, todos os consumidores que adquiriram o "Pandoro Pink Christmas" podem aderir à nossa ação e pedir a Chiara Ferragni e Balocco o reembolso das maiores quantias pagas, delegando a Codacons a representação deles como parte ofendida na investigação do Ministério Público de Milão", acrescenta a nota.

O anúncio é feito um dia após o Ministério Público de Milão anunciar que investiga formalmente a influenciadora italiana por fraude agravada, no âmbito do inquérito sobre a venda do pandoro para caridade.

Ao todo, quatro gabinetes do MP em regiões italianas distintas apuram a prática comercial desleal na promoção da campanha "Pandoro Pink Christmas", associada a Ferragni no fim de 2022.

Na ocasião, a peça publicitária fazia acreditar que os recursos arrecadados com a venda do bolo seriam repassados ao Hospital Regina Margherita, em Turim. No entanto, a Codacons apurou que, na verdade, apenas uma doação de 50 mil euros foi feita pela Balocco meses antes da iniciativa.

Por causa disso, Ferragni foi multada em pouco mais de um milhão de euros por prática comercial desleal e viu seu império começar a ruir. Depois da abertura da investigação, o "Pandoro Pink Christmas", desenhado por Ferragni, começou a ser vendido em sites de compras online por cerca de 250 euros.
   

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