(ANSA) - O Fluminense venceu o Boca Juniors, da Argentina, neste sábado (4), e conquistou pela primeira vez o título da Libertadores.
A final em jogo único foi disputada no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro: torcedores brasileiros e argentinos se distribuíram em número semelhante na arquibancada, gerando um público de 69.232 torcedores e uma renda de R$ 31,7 milhões.
Apesar dos conflitos nas ruas do Rio nos dias anteriores ao jogo e no próprio dia da partida, as duas torcidas permaneceram em paz dentro do estádio.
As ocorrências mais graves no entorno do Maracanã aconteceram antes do jogo, quando torcedores do Boca Juniors sem ingresso tentaram invadir o palco da decisão.
Em campo, o Fluminense impôs o seu jogo ofensivo desde o início contra uma equipe que adotou uma clara postura defensiva.
Aos 35 minutos, o argentino Germán Cano furou a defesa do Boca e abriu o placar para a equipe brasileira.
Ele terminou a competição como o artilheiro com 13 gols, maior número desde Luizão, que marcou 15 gols pelo Corinthians em 2000.
Quando o time do técnico Fernando Diniz parecia já estar próximo do título, o peruano Luis Advíncula acertou um chute de fora da área e empatou a partida aos 36 minutos da etapa final.
A disputa, então, foi para uma prorrogação de dois tempos de 15 minutos cada.
Ainda na primeira parte, aos nove minutos, o atacante John Kennedy, saído do banco de reservas, marcou o gol do título para o Fluminense.
Empolgado, ele subiu a escada que dá acesso à arquibancada e acabou expulso.
Pouco depois, Frank Fabra também foi expulso pelo lado do Boca Juniors e então os dois times jogaram os 15 minutos finais com um jogador a menos.
O Fluminense resistiu na defesa, evitou o sétimo título do Boca e ganhou a Libertadores pela primeira vez.
O time de Buenos Aires perdeu a chance de igualar o compatriota Independiente como o maior campeão do torneio - o Boca está estacionado em seis conquistas desde 2007.
Pela primeira vez na história, o Brasil venceu a Libertadores por cinco anos consecutivos: com o Flamengo em 2019 e em 2022; com o Palmeiras em 2020 e em 2021; e agora com o Fluminense.
O placar histórico ainda mostra a Argentina com mais títulos (25 a 23), mas no século 21 a vantagem é brasileira: 11 contra seis dos argentinos, que não levantam a taça desde a conquista do River Plate em 2018.
Pela conquista do título, o Fluminense arrecadou uma premiação de US$ 27,15 milhões (R$ 133 mi) e o direito de disputar o Mundial de Clubes em dezembro na Arábia Saudita.
O Tricolor carioca estreia no dia 18 de dezembro. Os adversários possíveis são o Al Ittihad, da Arábia Saudita, o Auckland City, da Nova Zelândia, e o Al Ahly, do Egito.
Na outra semifinal, no dia 19 de dezembro, o Manchester City, da Inglaterra, aguarda o León, do México, ou o Urawa Red Diamonds, do Japão.
O Fluminense também está garantido na primeira edição do novo Mundial de Clubes, que será jogado por 32 clubes de quatro em quatro anos: Palmeiras, Flamengo, Real Madrid, da Espanha, Chelsea e Manchester City, da Inglaterra, Monterrey e León, do México, Seattle Sounders, dos Estados Unidos, Al Hilal, da Arábia Saudita, Urawa Red Diamonds, do Japão, Al Ahly, do Egito, e Wydad, do Marrocos, também já estão confirmados no torneio que será jogado em 2025 nos Estados Unidos.
Ancelotti
Esperado na Seleção Brasileira, o atual técnico do Real Madrid afirmou no sábado que torceria pelo título do Fluminense.
O motivo é Marcelo, ex-merengue hoje de volta ao clube carioca.
“Vou ver o jogo e vestir a camisa do Fluminense, principalmente pelo Marcelo. Nada contra o Boca Juniors, mas aqui no Real Madrid somos muito fãs do Marcelo. Espero que ele possa conquistar mais um título”, declarou em coletiva de imprensa.
No Real, Marcelo se tornou o jogador com mais títulos da história do clube, com 25.
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