(ANSA) - O governo e a Federação Italiana de Futebol (Figc) concordaram nesta terça-feira (27) em interromper os jogos em caso de cânticos antissemitas nos estádios do país.
O novo pacote de medidas foi assinado no Palácio do Viminale pelos ministros do Interior e do Esporte, Matteo Piantedosi e Andrea Abodi, respectivamente, e pelo presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Gabriele Gravina.
"Estamos finalizando uma meta que nos propusemos há algum tempo. Ainda tem muito o que fazer sobre o assunto", disse Piantedosi.
Uma das medidas de combate ao antissemitismo nos estádios é a proibição do uso da camisa 88 por jogadores e torcedores, pois o número faz referência à saudação "Heil Hitler".
Em março, a Lazio virou notícia em todo o mundo após um homem com um uniforme do time que tinha a frase "filho de Hitler" e o número 88 ter sido fotografado no Estádio Olímpico de Roma.
Por causa da "Irriducibili", antigo nome da principal e mais agressiva torcida organizada da Lazio, a equipe italiana também já foi duramente criticada por outros atos antissemitas contra a Roma, sua maior rival.
As novas regras também preveem um reforço nos sistemas de vigilância dos estádios e a aplicação de multas mais rígidas aos clubes envolvidos.
Além disso, as equipes precisarão expressar de maneira imediata solidariedade com as vítimas da discriminação, inclusive por meio de iniciativas concretas que atestem a total aversão aos insultos.
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