(ANSA) - Em uma das corridas mais "malucas" da história da Fórmula 1, com cinco paralisações, três bandeiras vermelhas e quatro relargadas, oito abandonos e uma batida generalizada, o holandês Max Verstappen conquistou na madrugada deste domingo (2) o Grande Prêmio da Austrália.
O piloto da Red Bull dominou o circuito de Albert Park Melbourne e cruzou a linha de chegada atrás do safety car, na frente do britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, e do espanhol Fernando Alonso, da Aston Martin.
A Ferrari protagonizou um pesadelo, que começou logo na primeira volta com a batida entre o monegasco Charles Leclerc e o canadense Lance Stroll e terminou com a penalidade de cinco segundos para Carlos Sainz pelo impacto com Alonso na penúltima largada.
A punição jogou o piloto da Ferrari da quarta para a 12ª posição, deixando-o furioso após a corrida. Já a Mercedes de britânico George Russell começou bem, mas acabou pegando fogo em um GP que durou quase 3 horas.
A disputa foi marcada por uma série interminável de voltas e reviravoltas: primeiro o contato entre Stroll e Leclerc, depois o grave acidente envolvendo Alexander Albon, até então sexto com a Williams. O piloto tailandês perdeu o controle do carro no trecho da curva 6 para a curva 8, e bateu forte nas barreiras de proteção, quicando na pista. Com isso, a direção da corrida decidiu acionar o safety car.
Na sequência, as equipes reagirem imediatamente: a Mercedes decidiu parar Russell - neste momento ele era líder da corrida à frente do companheiro de equipe Hamilton e Verstappen - e a Ferrari fez o mesmo com Sainz, na quarta posição.
A decisão, que poderia ter se revelado excelente a nível estratégico, transformou-se, no entanto, em um bumerangue sensacional quando a direção de corrida decidiu exibir a primeira das três bandeiras vermelhas da corrida.
Após o recomeço, Verstappen assume a liderança da corrida na frente de Hamilton e Alonso, com Sainz voltando para a quarta posição. O holandês permanece em primeiro até algumas voltas antes do final da corrida, quando algo novamente acontece.
Faltando três voltas para a bandeira quadriculada, o dinamarquês Kevin Magnussen, da Hass, bateu na parede, quebrou a suspensão traseira direita e perdeu o pneu. Sem safety car, a bandeira vermelha surgiu - a segunda do dia após o acidente de Albon.
Muitos pilotos protestaram via rádio sobre a decisão, mas novamente os carros se alinharam no grid para a terceira largada do dia. Verstappen, Hamilton e Alonso "decolaram", enquanto Stroll passou pelos dois últimos, mas deixou a pista. Perez e Esteban Ocon também saíram, acertando Pierre Gasly, provocando um caos total.
Outra bandeira vermelha foi imediatamente acionada e a corrida interrompida, faltando apenas uma volta. A direção decidiu por uma nova largada, penalizando Sainz em cinco segundos e trazendo Alonso de volta ao pódio.
Ao todo, oito pilotos abandonaram a prova. São eles: Leclerc, Albon, Russell, Magnussen, Gasly, Ocon, além de Logan Sargeant e Nyck de Vries. As batidas também atingiram o piloto australiano Oscar Piastri à zona de pontuação, pela primeira vez na carreira do novato.
A confusão gigantesca fez a Federação Internacional do Automobilismo (FIA) investigar os dois últimos procedimentos de relargada. Ao todo, as paralisações ultrapassaram uma hora.
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