(ANSA) - O Ministério Público de Perugia indicou o atacante Luis Suárez, do Grêmio, e o ex-presidente da Juventus Andrea Agnelli como testemunhas no caso sobre uma suposta fraude no exame de idioma feito pelo uruguaio em 2020.
A Promotoria da cidade italiana, que é liderada por Raffaele Cantone, pediu na última segunda-feira (9) para ouvir pelo menos 36 testemunhas.
Além de Suárez e Agnelli, as autoridades locais também pretendem escutar o atual diretor esportivo da Juventus, Federico Cherubini, a ex-ministra da Infraestrutura e Transportes Paola De Micheli e o reitor da Universidade dos Estrangeiros de Perugia, Maurizio Oliviero.
A primeira audiência está marcada para acontecer amanhã (11), sendo que os réus são a ex-reitora Giuliana Grego Bolli, o ex-diretor-geral da instituição Simone Olivieri e a professora Stefania Spina. Eles são acusados de falsidade ideológica e revelação de segredo oficial.
A advogada da Juventus Maria Cesarina Turco, no entanto, foi absolvida pelas autoridades italianas na audiência preliminar.
Os promotores acusam que a alta administração da universidade teria agido para tentar conseguir "vantagens financeiras" com a ida de Suárez aos bianconeri. A meta da instituição seria embolsar a quantia das taxas de inscrição para a prova e do curso de preparação online oferecido ao jogador uruguaio, que girariam em torno de 1,7 mil euros (quase R$ 10 mil).
Suárez, que assinou recentemente com o Grêmio, não deverá marcar presença no tribunal italiano. O artilheiro muito provavelmente será ouvido pelos juízes por videoconferência.
O jogador de 35 anos de idade, que é casado com uma cidadã italiana, poderia obter a nacionalidade caso comprovasse conhecimento ao menos intermediário (nível B1) do idioma. Essa etapa era crucial para garantir sua transferência para a Juve, que não podia mais contratar extracomunitários naquela temporada.
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