(ANSA) - O ex-atacante Gianluca Vialli, que faleceu nesta sexta-feira (6) em Londres, aos 58 anos de idade, recebeu diversas homenagens do futebol e da política italiana.
Um dos maiores ídolos da Sampdoria, Vialli morreu após uma longa batalha contra um tumor no pâncreas e deixou o esporte do país europeu de luto.
Na política local, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, divulgou em suas redes sociais uma das primeiras homenagens ao ex-centroavante.
"Não vamos esquecer seus gols, seus lendários chutes de bicicleta, a alegria e a emoção que você deu a todo o país naquele abraço com Roberto Mancini após a vitória na Eurocopa. Acima de tudo, não esqueceremos o homem que foi. Adeus, Gianluca Vialli, um leão em campo e na vida", escreve a premiê italiana.
O presidente do Senado, Ignazio La Russa, destacou que Vialli foi um "inesquecível camisa 9", enquanto a ministra da Deficiência, Alessandra Locatelli, lembrou que o ex-jogador lutava desde 2017 contra um "indesejado companheiro de viagem".
O governador da região da Lombardia, Attilio Fontana, afirmou que Vialli foi um grande jogador e homem, além de destacar sua "imensa" dignidade. O político ainda declarou que o ex-atleta permanecerá como um "modelo" e "exemplo" para todos.
No futebol, o presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Gabriele Gravina, confirmou que está "profundamente triste" pela morte de Vialli e não escondeu sua torcida para que o ex-jogador operasse outro milagre na luta contra o tumor no pâncreas.
"Estou profundamente triste, eu esperava até o fim que ele pudesse fazer outro milagre, mas me conforta a certeza de que o que Vialli fez pelo futebol italiano e pela Azzurra jamais será esquecido. Ele foi uma pessoa esplêndida e deixa um vazio que não pode ser preenchido", lamentou o mandatário.
Várias equipes, como Juventus, Sampdoria, Atalanta, Chelsea e Inter de Milão, publicaram homenagens ao ex-artilheiro. Uma das mensagens mais emocionantes foi feita pela equipe genovesa, onde Vialli brilhou.
E perché, nonostante tutto, la nostra bella stagione è destinata a non finire mai. Continuerà a brillare in quel cielo cerchiato di blu su cui tu, Luca, hai firmato per sempre. «Per chi?». «Per noi!».
— U.C. Sampdoria (@sampdoria) January 6, 2023
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"Vamos nos lembrar de você como um menino e um centroavante implacável, porque os heróis são todos jovens e bonitos e você, desde aquele verão de 1984, é o nosso herói. Dizem que nunca se está pronto para se despedir de um companheiro de viagem e, infelizmente, é mesmo. Percorremos um longo caminho juntos, crescendo e buscando, vencendo e sonhando. Você chegou como um menino, nós o saudamos como um homem", disse o clube genovês.
A Lega Serie A, através de um comunicado assinado pelo seu presidente, Lorenzo Casini, recordou de Vialli ao destacar sua árdua luta e as lições de vida que deixou.
"Com profundo pesar e emoção, a Lega Serie A se junta à família de Gianluca Vialli, um protagonista indiscutível do futebol italiano e mundial. Ele lutou arduamente, nos deixando uma lição de vida inesquecível, e sempre o lembraremos como um homem que enfrentou uma doença terrível de frente. Ele, como Sinisa Mihajlovic, corajosamente trilhou um caminho difícil, dando um exemplo que ajudou muitos", destacou o dirigente.
Natural de Cremona, Vialli defendeu Cremonese, Sampdoria, Juventus e Chelsea ao longo da carreira como jogador. O ex-centroavante levantou 16 troféus, entre eles dois Campeonatos Italianos, quatro Copas da Itália e uma Champions League.
Vialli era chefe de delegação da Azzurra, mas se afastou de suas funções em virtude de uma piora no quadro de saúde. Pela seleção italiana, auxiliou o amigo e treinador Roberto Mancini a vencer a edição passada da Eurocopa.
O ex-jogador descobriu o tumor no pâncreas em 2017 e confirmou ter vencido a doença no ano seguinte. O problema de saúde reapareceu e anunciou em dezembro de 2021 que estava lutando contra o câncer pela segunda vez.
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