(ANSA) - A Controladoria-Geral da União (CGU) levantou suspeitas sobre a venda de uma refinaria da petroleira estatal Petrobras para um fundo de investimentos dos Emirados Árabes Unidos (EAU) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em novembro de 2021, durante a pandemia do coronavírus, a Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde, no estado da Bahia (BA), foi vendida por US$ 1,65 bilhão para a empresa Acelen, subsidiária do fundo Mubadala Capital, de propriedade da família real dos EAU.
Segundo a CGU, a avaliação do complexo de São Francisco do Conde ficou abaixo do valor de mercado devido à ocorrer durante a pandemia, quando havia uma "grande incerteza" sobre o futuro da cadeia de exploração e refino de petróleo.
Quando Bolsonaro fechou o acordo, as expectativas de crescimento do PIB brasileiro estavam em queda livre, outro fator que "subvalorizou" a refinaria.
Por outro lado, o relatório do órgão que audita os contratos e outras atividades do Estado lembra que a Refinaria de Mataripe responde por 10% da capacidade de refino de petróleo no país.
Já o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou em novembro do ano passado que existe a "possibilidade" de a empresa recomprar a refinaria, proposta que foi defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
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