(ANSA) - O grupo automotivo Stellantis registrou lucro líquido de 18,6 bilhões de euros (R$ 99,4 bilhões) em 2023, com alta de 11% em relação ao ano anterior, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (15).
Além disso, o resultado operacional retificado avançou 1%, para 24,3 bilhões de euros (R$ 130 bilhões), enquanto a receita líquida cresceu 6%, para 189,5 bilhões (R$ 1,013 trilhão).
Segundo a Stellantis, suas vendas de veículos elétricos em nível global aumentaram 31% em 2023, e as de automóveis de baixa emissão de poluentes, 27%. O grupo é líder no mercado de veículos híbridos nos EUA e está em segundo lugar no segmento de baixa emissão.
Em 2023, a empresa distribuiu 6,6 bilhões de euros (R$ 35,3 bilhões) aos acionistas em dividendos e recompra de ações, aumento de 53% sobre 2022.
"Os resultados recordes anunciados hoje são a prova de que nos tornamos um novo líder global no setor e continuaremos sendo sólidos, mesmo diante da previsão de um 2024 turbulento", disse o CEO Carlos Tavares.
A Stellantis também aproveitou a divulgação dos resultados para anunciar um novo plano de recompra de ações no mercado, totalizando 3 bilhões de euros (R$ 16 bilhões). O programa englobará as bolsas de Nova York, Milão e Paris e está previsto para terminar em 31 de dezembro.
Itália
O balanço anual da Stellantis foi divulgado em meio às polêmicas com o governo da premiê da Itália, Giorgia Meloni, que cobra mais investimentos do grupo automotivo nas fábricas de Mirafiori e Pomigliano d'Arco.
No entanto, em encontro com jornalistas nesta quinta, Tavares rebateu acusações de beneficiar as plantas produtivas da empresa na França, terra natal da Peugeot e da Citroën.
"Não sou italiano, francês ou inglês. Sou português e, quando tomo decisões, faço isso no melhor interesse da Stellantis. Estamos ansiosos para utilizar as plataformas italianas, a começar pela de Turim [Mirafiori], quando estiverem disponíveis", disse o executivo, referindo-se à produção de carros elétricos.
"Certamente há um futuro para Pomigliano e Mirafiori. Chegarão novos modelos, mas ainda não posso dizer quais", explicou. (ANSA)
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