(ANSA) - A Stellantis, a Michelin e a Faurecia, empresa do grupo Forvia, anunciaram um acordo vinculativo nesta terça-feira (16) para que o grupo automobilístico adquira 33,3% de participação na Symbio, empresa líder na mobilidade a hidrogênio de emissão zero. As duas demais companhias se manterão como acionistas com 33,3% cada.
Segundo comunicado, "o anúncio é um passo significativo na descarbonização da indústria de mobilidade" e também impulsionará o desenvolvimento da Symbio na Europa e nos Estados Unidos.
"A aquisição de uma participação igual na Symbio reforçará nossa posição de liderança em veículos movidos a hidrogênio, apoiando nossa produção de vans com célula de combustível na França, e também serve como um complemento perfeito para nosso crescente portfólio de veículos elétricos a bateria", disse o CEO da Stellantis, Carlos Tavares.
Conforme o líder da empresa, "à medida que avançamos em nosso plano Dare Forward 2030 e avançamos para nos tornar carbono zero até 2038, estamos considerando todas as ferramentas tecnológicas ao nosso alcance para combater o aquecimento global". "Células de combustível de hidrogênio são necessárias e a Symbio se tornará um participante importante na batalha para proteger as gerações futuras", acrescentou Tavares.
Ainda conforme a nota, a Symbio planeja produzir 50 mil células de combustível por ano até 2025 e, no ano passado, anunciou a implementação de seu projeto HyMotive destinado a acelerar a industrialização e o desenvolvimento de inovações disruptivas, um projeto que permitirá à empresa atingir uma capacidade de produção anual total na França de 100 mil sistemas até 2028.
O CEO da Faurecia, Patrick Koller, ressaltou que a empresa está "muito satisfeita" com o anúncio de hoje e que isso "dará um impulso adicional à joint venture". "Este acordo beneficia todas as partes e permite que a Forvia confirme seu status de líder global em mobilidade limpa", pontuou ainda.
Já o CEO da Michelin, Florent Menegaux, ressaltou que a entrada da Stellantis "é um enorme impulsionador de desenvolvimento para nossa filial conjunta" e também uma "demonstração perfeita de que a tecnologia de células de combustível é essencial para que a indústria automotiva tenha sucesso na eletrificação da mobilidade".
A transação está sujeita às aprovações regulatórias habituais. O fechamento está previsto para o terceiro trimestre de 2023.
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