(ANSA) - Em um contexto de inflação descontrolada e falta de liquidez, o Banco Central argentino impôs novas restrições no acesso a dólares.
Dessa vez, a medida diz respeito às operações que permitem comprar a moeda americana através de títulos adquiridos em pesos e depois convertidos para dólar.
Há anos, o governo impede a compra de dólares por parte de pessoas físicas, com exceção de um máximo de 200 por mês, mas sob condições que excluem muitas pessoas.
Com uma inflação que ultrapassa os 120% ao ano, o dólar é visto por muitos argentinos como o único seguro, uma maneira para manter o valor dos próprios recursos estável.
A medida obriga aqueles que compram títulos a mantê-los por cinco dias em suas contas antes de serem vendidos, de acordo com uma norma da Comissão Nacional de Valores publicada na sexta-feira (6) no Diário Oficial.
Os dólares "financeiros" tiveram um forte aumento nos últimos dias, atingindo 900 pesos (R$ 13,29), em comparação com os 391 (R$ 5,77) da cotação "oficial".
O país vive um clima de incerteza política faltando duas semanas para as eleições presidenciais, o que afeta o mercado cambial.
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