(ANSA) - A autoridade antitruste da Itália (AGCM) anunciou nesta terça-feira (1º) que abriu uma investigação no setor de táxis do país depois de encontrar grandes problemas com os serviços prestados em Roma, Milão e Nápoles.
O órgão disse que o inquérito vai apurar uma série de questões, incluindo tempos de espera, como os taxímetros são usados e se pagamentos eletrônicos de tarifas são aceitos.
A AGCM revelou ainda ter pedido informações às grandes empresas de táxi das três cidades em relação à investigação.
Nos últimos meses, multiplicaram-se os relatos de uma escassez severa de táxis em várias cidades do país, resultante de uma falha de longa data em aumentar o número de licenças, apesar do crescimento da demanda. Após o anúncio da autoridade antitruste, os sindicatos dos taxistas emitiram uma nota conjunta para afirmar que a investigação é inútil e instrumental.
"Um serviço de táxi fora da lógica do mercado, com desempenho obrigatório, tarifa administrada e sem algoritmos. Uma verdadeira almôndega envenenada, lançada poucas horas após a reunião entre o governo e representantes comerciais", diz o texto.
Na sequência, o gabinete da premiê da Itália, Giorgia Meloni, disse que o governo abordará o problema dos táxis do país nos próximos dias com uma solução baseada na eficiência e transparência para os cidadãos, justiça para os taxistas e respeito às regras do mercado.
"Esperamos que o governo não se deixe influenciar por estas pressões indevidas artisticamente construídas a partir de uma situação de emergência que já se descompensa, e articule uma comparação em vias concretas para encontrar soluções partilhadas e equilibradas", concluíram os sindicatos italianos.
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