Os americanos Davide Baker e John M. Jumper e o britânico Damis Hassabis conquistaram nesta quarta-feira (9) o Prêmio Nobel de Química em 2024 por pesquisas sobre a estrutura das proteínas.
Baker, 62, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, foi laureado por ser o primeiro a compreender a estrutura das proteínas, o que permite projetar novas e úteis para a obtenção de medicamentos, vacinas, nanomateriais ou sensores.
Já Hassabis, 48, e Jumpe, 39, ambos funcionários da empresa Google DeepMind, em Londres, Inglaterra, desenvolveram um modelo de inteligência artificial chamado AlphaFold2, que em pesquisas publicadas recentemente demonstrou ser capaz de ver a estrutura de mais de 200 milhões de proteínas. Até o momento, a plataforma já foi utilizada por mais de 2 milhões de cientistas de 190 países.
Graças a essa ferramenta foi possível acelerar pesquisas de fundamental importância, como as de resistência aos antibióticos ou a projeção de enzimas capazes de decompor o plástico.
"Até alguns anos atrás, conhecer detalhadamente a estrutura de uma única proteína poderia levar anos de pesquisa. Basta pensar que temos milhões delas em nossas células. E então, em apenas alguns anos, agora temos uma ferramenta [AlphaFold2] que permite com que entremos nelas", comentou o cientista Marco Marcia, do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL), do Instituto Italiano de Tecnologia e da Universidade Uppsala na Suécia, sobre os vencedores do Nobel.
Com a contemplação, os laureados dividirão 11 milhões de coroas suecas conforme suas contribuições, ou seja, Baker ficará com metade do valor, enquanto Hassabis e Jumper dividirão a outra em duas partes.
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