O vice-premiê e ministro da Infraestrutura e Transportes da Itália, Matteo Salvini, afirmou nesta quarta-feira (24) que a severa seca na região da Sicília, no sul do país, é uma "emergência nacional".
O político destacou que o governo italiano está tomando "todas as medidas úteis" para resolver a questão, além de revelar que seu Ministério concluiu a fase preliminar de um plano nacional de intervenções nas infraestruturas do setor hídrico, com cerca de 950 milhões de euros de financiamento.
"A seca na Sicília representa uma emergência nacional. Nós estamos implementando todas as ações úteis para superar essas questões críticas que surgiram e são evidentes há anos", declarou.
Salvini detalhou que o projeto prevê ao menos sete intervenções, compostas por 75 obras, de cerca de 92 milhões de euros.
Angelo Bonelli, porta-voz do partido Europa Verde e deputado da Aliança Verdes e Esquerda (AVS), alertou que a situação na Sicília é "dramática".
"A crise climática não é uma questão ideológica ou um capricho. Na Sicília, a seca está desertificando os campos agrícolas e os agricultores estão arrancando vinhas e abatendo animais pela falta de água", disse.
A Sicília enfrenta a seca mais grave das últimas décadas. A província de Agrigento é uma das mais afetadas, pois foi a zona do país onde menos choveu no último ano. O reservatório que abastece 15 municípios da região, por exemplo, está com menos de 1% de sua capacidade.
As colheitas foram perdidas e os animais correm o risco de morrer, tanto que várias cabras foram vistas sendo forçadas a beber lama para sobreviver. Além disso, a Coldiretti apontou que a seca cortou 33 mil empregos nos campos do sul, entre Sicília e Puglia, onde a falta de chuva impossibilitou as principais operações de cultivo.
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