(ANSA) - As regiões costeiras da Galícia e das Astúrias, na Espanha, atravessam uma crise após uma “invasão” de inúmeros grânulos de microplásticos, os chamados pellets, usados na fabricação de produtos em plástico, que teriam caído de um navio cargueiro.
Segundo a imprensa local, a embarcação com bandeira da Libéria teve contêineres perdidos em águas portuguesas no último dia 8 de dezembro, incluindo um que continha sacos de plástico.
O procurador espanhol do Meio Ambiente Antonio Vercher, que abriu ontem uma investigação sobre o desastre ecológico, acredita que existem "indícios de toxicidade" nos milhões de pellets despejados no mar, que não são biodegradáveis.
Para ele, os objetos "contribuem para a poluição por microplásticos, cuja eliminação é um objetivo da União Europeia". A maré também estaria se espalhando para Portugal e França.
Os governos da Galícia e das Astúrias ativaram um alerta para poluição marítima, uma decisão que permite a intervenção do Estado para auxiliar no gerenciamento da emergência.
A organização ambientalista Ecologistas en Acción apresentou ao tribunal de Noia, na Galícia, uma denúncia criminal por crimes ambientais contra o proprietário e o capitão do navio porta-contêineres “Taconao”, que causou o derramamento.
Segundo a denúncia, o “Taconao” perdeu seis contêineres e um deles continha milhares de sacos de 25 kg cada, com milhões de pellets. Na denúncia, os ambientalistas pedem que seja imposto ao proprietário uma caução cautelar de 10 milhões de euros pelos danos causados.
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