(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, chegou nesta quinta-feira (30) nos Emirados Árabes para participar da 28ª edição da Conferência da ONU sobre o Clima, a COP28.
Meloni desembarcou no aeroporto Al Maktoum, em Dubai, onde foi recebida pelo embaixador italiano em Abu Dhabi, Lorenzo Fanara.
A agenda da premiê italiana inclui, além de diversas reuniões bilaterais, três intervenções públicas. Nesta sexta-feira (1º), depois da fotografia oficial e da cerimônia de abertura da cúpula climática, ela falará no evento "Transformando os Sistemas Alimentares em relação às alterações climáticas".
Durante o evento, será adotada a "Declaração dos Emirados sobre Agricultura Sustentável, Sistemas Alimentares Resilientes e Ação Climática", com a adesão da Itália.
Também amanhã, à tarde, ela fará um discurso no painel "Global Stocktake - Adaptation", enquanto que seu pronunciamento no plenário está marcado para sábado (2).
O Ministério do meio Ambiente e Segurança Energética da Itália também participa da cúpula com o ministro Gilberto Pichetto Fratin e a subsecretária Vannia Gava.
Já o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, aterrissou por volta das 17h (horário local) em Dubai para realizar uma agenda repleta de compromissos nos próximos dois dias da COP28.
Ao todo, ele participará de 26 eventos até o próximo domingo, quando embarcará rumo a Berlim. Entre os principais estão reuniões bilaterais com o presidente de Israel, Isaac Herzog, o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entre outros.
Acordo países pobres
A cúpula climática foi oficialmente aberta hoje e a primeira decisão tomada foi sobre a ajuda aos países mais pobres e vulneráveis do mundo, que estão sendo cada vez mais afetados pelos desastres decorrentes das alterações do clima.
A medida visa tornar operacional o fundo para "perdas e danos", focado no socorro e resgate de nações pobres atingidas pela catástrofe climática.
Já existia um projeto de acordo relativo à governança do fundo, que será criado com financiamento dos países mais ricos e acolhido temporariamente pelo Banco Mundial.
"É a primeira vez na história da COP que há uma decisão deste peso no primeiro dia", disse Luca Bergamaschi, da ONG para o clima Ecco.
Entre os primeiros compromissos há contribuições dos Emirados Árabes Unidos (US$ 100 milhões), da Alemanha (US$ 100 milhões), do Japão (US$ 10 milhões) e do Reino Unido (60 milhões de libras).
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